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A somatória de todas as coisas é mais que todas as coisas.

A somatória de todas as coisas é mais que todas as coisas”. Escrita há milênios na antiga China, esta afirmação faz parte dos ensinamentos do Tao Te King, livro que corresponde à Bíblia do Taoísmo, principal corrente filosófica Chinesa.





O tão conhecido símbolo ying-yang resume toda a conversa deste post. Nele contém as partes e o todo, que é mais do que a soma de suas partes, pois a noite mais o dia é mais do que um continum de variação luminosa, mas sim um ciclo completo a partir do qual emerge uma diversidade imensa de vida.



Os conhecimentos antigos - filosóficos, religiosos, xamânicos - sobrevivem ao longo do tempo para lembrar-nos como é viver em harmonia com todas as partes que nos compõem ( pois nosso organismo é muito mais do que células e órgãos arrumados em um limite biológico). Para aprendermos a ser uma parte dentro de um todo sendo parte e todo ao mesmo tempo. E aí tem uma “pegadinha”...


Como podemos ser parte e todo ao mesmo tempo? Se ser parte implica em ter um ponto

de vista, percepção própria, um sentimento único que ninguém mais pode conceber assim como si mesmo, ao passo que ser o Todo implica em ser todos os pontos de vistas e sentimentos de todos os seres, tanto os semelhantes quantos os diversos?


Este é um dos mistérios que religiões e filosofias há tanto tempo nos desafiam a perceber. É uma lei, uma resposta, um caminho de evolução, uma ciência ao mesmo tempo. É um estado de Consciência, uma compreensão. Devemos “amar o próximo como a si mesmo”, Jesus nos ensinou, e até hoje não sabemos como podemos fazê-lo verdadeiramente. Porque amar implica em ser um. Enquanto somos apegados à nossa condição e direito de sermos partes, a matemática não fecha! Porque um mais um é mais que dois!


Uma obra de arte que me inspira muito mostrou esse paradoxo das partes e do todo. Como diferentes ângulos de um mesmo objeto podem levar à uma percepção diferente. O que sente ao perceber a comprovação geométrica de que os pontos de vista, aparentemente desconectados possam compor harmônica e belamente sua unidade?



‘Squaring the Circle’ (2013) é o primeiro da série de esculturas em perspectiva da Troika. Inspirado no romance satírico de Edwin Abbott "Flatland", onde os habitantes de um mundo bidimensional não podem reconhecer um objeto tridimensional, essas obras são uma mutação de diferentes formas que são percebidas em correlação com a posição do observador.



E estas? Arriscaria dizer que são partes da mesma escultura?



'Dark matter' (2014). Na escultura coexistem três pontos de vista diferentes. Mergulhando o visualizador e incompreensível em sua totalidade, o volume exibe uma realidade paradoxalmente mutante, mostrando três formas geométricas distintas em diferentes pontos de vista - um quadrado, um hexágono e um círculo.


Veja a escultura em movimento no vídeo da exposição e ainda desfrute da entrevista cm seus criadores.


Quadrados e círculos podem coexistir?





Polar Spectrum’ (2017). A escultura reconcilia os opostos polares de um círculo e um quadrado, resultando em um continuum que ultrapassa uma experiência estritamente binária, cada faceta pode ser percebida como uma forma independente e autossuficiente. Combinando dois pontos de vista privilegiados, a obra desencadeia um fluxo dinâmico ostensivo, porém ininterrupto, entre vazios, superfícies e antíteses geométricas.






Estas esculturas, assim como suas multifacetas geométricas, reúnem ciência e filosofia, psicologia e metafísica, enquanto despertam perguntas e questionamentos sobre nossa concepção a respeito da realidade física em que acreditamos por sermos indentificados ao ponto de vista intrínseco da terceira dimensão.


Por essa razão que me encanta o estudo da geometria sagrada, que desafia nossa capacidade de abstração espacial por nos remeter a possibilidades multidimensionais de existência e atuação consciente! Na escola dos Curandeiros Maias de Starr Fuentes, aprendemos mais de 200 formas geométricas disponíveis para criar realidades quanticamente, e pelo menos 58 delas são multidimensionais e impossíveis de desenhar! O estudo da Linguagem de Luz é um dos caminhos através do qual eu pesquiso a transcendência da forma e condição física como parte e me relaciono com o Todo, abraçando dimensões de consciência que me lembram a humildade de ser parte dentro desse infinito cósmico encantador!



Mais informações sobre Iniciações em Linguagem de Luz, Geometria Sagrada Ancestral Maia, clique aqui.




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